Outra Visão sobre TDAH
Este trabalho vem ajudar todos aqueles setores da educação que enfrentam o desafio de construir experiências significativas para alunos com déficit de atenção e hiperatividade, mostrando a importância de conhecer e saber como intervir.
O aluno na maioria das vezes só é percebido que pode apresentar problemas na escola, porque para os pais ele é muito inteligente, por isso não para quieto e não aceita que seu filho pode ter TDAH.
Logo, vejo que, suspeitas de comportamentos acontecidos de forma rotineira devem ser avaliadas por equipes multidisciplinares, não com o objetivo de punir, mas de acompanhar e ajudar. Essas equipes costumeiramente são compostas de profissionais que farão com que as pessoas envolvidas sintam-se acolhidas e não investigadas.
Todo esse cuidado também não significa que o problema realmente exista, apenas relaciona possibilidades que com essa conduta podem melhorar ou descartar a reclamação - problema. Além de levar ao reclamante mais informações ou sugestões mais agradáveis.
O professor pode tomar a iniciativa e pesquisar primeiro para depois que registrar com cuidado, notificar as pessoas diretamente interessadas entregando-lhes seu registro como um documento de observação, deixando um espaço aberto ao acompanhante e o diálogo com a impressão de apoio e não de julgamento ou rótulo.
A partir da observação dos alunos, percebi que eles precisam de atenção especial por parte do educando, o qual possa trabalhar com atividades diversificadas que preencham o seu tempo e que os mesmos criem regras a serem seguidas, bem como as punições se não o fizerem.
Penso que a presença de professores compreensivos e que dominem o conhecimento a respeito do transtorno, a disponibilidade de sistemas de apoio e oportunidades para se engajar em atividades que conduzem ao sucesso na sala de aula são imperativas para que um aluno com TDAH possa desenvolver todo o seu potencial.
Porém, a formação de um educador é um processo e não um fim. O mundo é muito vasto, muito já se pensou, escreveu e criou em diferentes áreas do conhecimento. Não há limites para a leitura, a pesquisa e a reflexão. No espaço que dispunha, apenas busquei entender o que é a hiperatividade e como separar de outros problemas pesquisei bibliografias e profissionais especializados que indicaram caminhos a serem seguidos.
Fica então uma sugestão para pesquisa; como chegar próximo do mundo misterioso e simbólico da criança? Conseguimos captar, aprender a alma da criança? Como fazer isso? Como voltar o olhar, a observação das imagens que a criança traz e da sua percepção?
Para aqueles que desejam continuar refletindo, pesquisando, trilhando enfim caminhos para sua formação, deixo uma reflexão, pois, nós educadores, costumamos abraçar a teoria que nos dá apoio e temos dificuldades de olhar para dentro de nós mesmos e para as crianças com as quais convivemos diariamente, não as crianças dos livros das teorias, mas aquelas de carne, osso e alma que vêm a nós, que nos escolheram para aprender alguma coisa e para ensinar-nos outras tantas lições se pudermos ouvi-las. Fica aqui uma fala do psicólogo Herbert de Souza, para que ela nos faça repensar a nossa prática educativa. “Se não vejo na criança uma criança, é porque alguém a violentou antes e o que eu vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado”.
4 Psicólogo, diretor do centro de neurologia, aprendizagem e comportamento em Salt, Lacke, City, Utar, USA, autor de inúmeros livros sobre TDAH
Referências
ABRICHAIM,C. Colaboradores da Saúde Mental. Disponível em: abcdcorposalutar.com.br.php? Acesso em: 17 out.2004.
ARAUJO, P. Déficit de Atenção. Um diagnóstico que você pode fazer-Nova escola. São Paulo. Abril, p. 28-29- maio, 2000.
AROEIRA, Maria Luisa C. Didática de Pré-Escola: brincar e aprender.São Paulo, FTD 1996.
BENCZIK, Edyleine Bellini Peroni. Transtorno de Deficit de Atenção/Hiperatividade : Atualização diagnóstica e terapêutica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
CARDOSO, S. Estabelecendo Limites - Professor, Porto Alegre, p.45-46, ab/jun,1998.
FURTADO, A. Professora titular Educação Infantil- Psicopedagoga Integrante do GOTAH/SP.disponívelem:http://www.psicopedagogia.com .br/artigos/artigo.asp?entrID=426. Acesso em: 14 nov.2004.
GENTILE, P. Indisciplinado ou Hiperativo. Nova escola. São Paulo. Abril, p.30, maio, 2000.
GOLDSTEIN, S. Centro de Neurologia, Aprendizagem e comportamento. USA. Disponível em: Psicopedagogia on line-portal da educação e saúde mental. Acesso em: 14 nov.2004.
HALLOWELL, Edward. Tendência à distração.Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
KAPLAN, H; SADOCK, B. Compêndio de Psiquiatria Dinâmica. 3ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
LADEIRA, Idalina. Fantoche & Cia. São Paulo, Scipione, 1993.
LANCET. A. Hiperatividade com Déficit de Atenção-Equipe ABC da Saúde. Disponível em: www.psicosite.com.br.tex/inf/tdah01.htm. Acesso em: 10 nov. 2004.
LIBÂNEO, J. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
PETRY, A. Hiperatividade: Características e procedimentos básicos para amenizar as dificuldades. Professor, Porto Alegre. Abril, p.47-48, juh/set, 1999.
ROHDE, Luis augusto, Mattos Paulo & Cols. Princípios e Práticas em TDAH: Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade. Porto Alegre: Artmed, 2003.
SCHUWARTZMAN, J. Transtorno de Déficit de Atenção. Cd. Mennon Mackenzic. Disponível em: http://www.psicopedagogia.com .br/artigos/artigo.asp?entrID=426. Acesso em: 14 nov.2004
Neiva Terezinha Chaves Leite: Graduada em Pedagogia e Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela FACIAP/UNIPAN de Cascavel –Pr. E-mail: neivaleite@pop.com.brJosiane Peres Ferreira: Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS – Início: 2006. Mestre em Psicologia Social e Personalidade pela PUCRS – Conclusão: 2002. Especialista em Orientação Educacional (2000) e Graduada em Pedagogia (1998) pela UNIPAR de Umuarama-Pr. Coordenadora do Curso de Pedagogia da FACIAP/UNIPAN de Cascavel-Pr desde 2005. Professora do Curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional da FACIAP e orientadora do Artigo.
O aluno na maioria das vezes só é percebido que pode apresentar problemas na escola, porque para os pais ele é muito inteligente, por isso não para quieto e não aceita que seu filho pode ter TDAH.
Logo, vejo que, suspeitas de comportamentos acontecidos de forma rotineira devem ser avaliadas por equipes multidisciplinares, não com o objetivo de punir, mas de acompanhar e ajudar. Essas equipes costumeiramente são compostas de profissionais que farão com que as pessoas envolvidas sintam-se acolhidas e não investigadas.
Todo esse cuidado também não significa que o problema realmente exista, apenas relaciona possibilidades que com essa conduta podem melhorar ou descartar a reclamação - problema. Além de levar ao reclamante mais informações ou sugestões mais agradáveis.
O professor pode tomar a iniciativa e pesquisar primeiro para depois que registrar com cuidado, notificar as pessoas diretamente interessadas entregando-lhes seu registro como um documento de observação, deixando um espaço aberto ao acompanhante e o diálogo com a impressão de apoio e não de julgamento ou rótulo.
A partir da observação dos alunos, percebi que eles precisam de atenção especial por parte do educando, o qual possa trabalhar com atividades diversificadas que preencham o seu tempo e que os mesmos criem regras a serem seguidas, bem como as punições se não o fizerem.
Penso que a presença de professores compreensivos e que dominem o conhecimento a respeito do transtorno, a disponibilidade de sistemas de apoio e oportunidades para se engajar em atividades que conduzem ao sucesso na sala de aula são imperativas para que um aluno com TDAH possa desenvolver todo o seu potencial.
Porém, a formação de um educador é um processo e não um fim. O mundo é muito vasto, muito já se pensou, escreveu e criou em diferentes áreas do conhecimento. Não há limites para a leitura, a pesquisa e a reflexão. No espaço que dispunha, apenas busquei entender o que é a hiperatividade e como separar de outros problemas pesquisei bibliografias e profissionais especializados que indicaram caminhos a serem seguidos.
Fica então uma sugestão para pesquisa; como chegar próximo do mundo misterioso e simbólico da criança? Conseguimos captar, aprender a alma da criança? Como fazer isso? Como voltar o olhar, a observação das imagens que a criança traz e da sua percepção?
Para aqueles que desejam continuar refletindo, pesquisando, trilhando enfim caminhos para sua formação, deixo uma reflexão, pois, nós educadores, costumamos abraçar a teoria que nos dá apoio e temos dificuldades de olhar para dentro de nós mesmos e para as crianças com as quais convivemos diariamente, não as crianças dos livros das teorias, mas aquelas de carne, osso e alma que vêm a nós, que nos escolheram para aprender alguma coisa e para ensinar-nos outras tantas lições se pudermos ouvi-las. Fica aqui uma fala do psicólogo Herbert de Souza, para que ela nos faça repensar a nossa prática educativa. “Se não vejo na criança uma criança, é porque alguém a violentou antes e o que eu vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado”.
4 Psicólogo, diretor do centro de neurologia, aprendizagem e comportamento em Salt, Lacke, City, Utar, USA, autor de inúmeros livros sobre TDAH
Referências
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LANCET. A. Hiperatividade com Déficit de Atenção-Equipe ABC da Saúde. Disponível em: www.psicosite.com.br.tex/inf/tdah01.htm. Acesso em: 10 nov. 2004.
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Neiva Terezinha Chaves Leite: Graduada em Pedagogia e Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela FACIAP/UNIPAN de Cascavel –Pr. E-mail: neivaleite@pop.com.brJosiane Peres Ferreira: Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS – Início: 2006. Mestre em Psicologia Social e Personalidade pela PUCRS – Conclusão: 2002. Especialista em Orientação Educacional (2000) e Graduada em Pedagogia (1998) pela UNIPAR de Umuarama-Pr. Coordenadora do Curso de Pedagogia da FACIAP/UNIPAN de Cascavel-Pr desde 2005. Professora do Curso de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional da FACIAP e orientadora do Artigo.