LIÇÃO DE CASA-Obrigação na medida certa
Bom sinal se...
A escola prepara o aluno para ser autônomo, de modo a fazer as lições sem depender dos pais
Sinal de alerta se...
Sinal de alerta se...
A tarefa não exercita a criatividade, a análise e dá mais valor à memorização das informações
Alguns pais vêem na lição de casa uma forma de seus filhos se manterem ocupados. A idéia é que, enquanto eles preenchem páginas e páginas de exercícios ou estudam capítulos inteiros do livro, não sobra tempo para programas inadequados ou excesso de televisão, games no computador, baladas com a galera... Tudo isso é verdade. No entanto, é também um raciocínio bastante equivocado do ponto de vista educacional.
Para começo de conversa, a lição de casa não deve servir para acobertar a dificuldade dos pais em estabelecer regras. A criança precisa ter claro quais são os seus deveres, o que não lhe é permitido e compreender as razões desses limites. Ou seja: não vai ficar a tarde inteira diante da TV porque os pais acham que ela deve se dedicar a uma atividade mais enriquecedora, cultural ou esportiva, por exemplo, e não porque "tem lição pra fazer".
Além disso, dizem os educadores, o volume de lição da casa não está diretamente relacionado ao grau de aprendizado. As tarefas devem primar pela qualidade, em vez da quantidade. De nada adianta resolver dez problemas de matemática que abordam apenas um ou dois itens do extenso programa. O que vale não é a repetição e a memorização, mas a compreensão do que se está fazendo. Portanto, além de explorar o material didático adotado pela escola, os professores devem ainda estimular a pesquisa, o trabalho em grupo, as atividades de campo (uma entrevista com os avós, para falar sobre seus países de origem, por exemplo).
As escolas mais tradicionais, chamadas conteudistas, costumam passar muita lição de casa como recurso para reforçar e gravar o que foi visto em sala de aula. Nas instituições mais modernas, a carga é menor, em especial para os alunos das primeiras séries – primeiro porque nessa fase a lição é encarada acima de tudo como um treinamento para adquirir responsabilidade, disciplina; depois porque leva-se em conta as características naturais das crianças pequenas, que costumam se dispersar com mais facilidade e não agüentam ficar sentadas por muito tempo.
Um hábito comum em muitas famílias, de a mãe ou o pai sentarem ao lado do filho diariamente para fazer a lição, é outro erro apontado pelos educadores. Uma das principais funções da lição de casa é ajudar o aluno a adquirir autonomia, estudar por sua própria conta, tentar encontrar por si só as soluções para os problemas. Se criam a rotina de compartilhar o momento da tarefa com seus filhos, os pais tolhem essa possibilidade de crescimento.
Eles devem participar da vida escolar das crianças e dos jovens sim. Acompanhar o que estão aprendendo, folhear os livros didáticos, olhar as lições. Mas colaborar ou ajudar, apenas quando foram solicitados, sem se antecipar à necessidade do aluno e, principalmente, sem fazer dessa ajuda uma obrigação.
Alguns pais vêem na lição de casa uma forma de seus filhos se manterem ocupados. A idéia é que, enquanto eles preenchem páginas e páginas de exercícios ou estudam capítulos inteiros do livro, não sobra tempo para programas inadequados ou excesso de televisão, games no computador, baladas com a galera... Tudo isso é verdade. No entanto, é também um raciocínio bastante equivocado do ponto de vista educacional.
Para começo de conversa, a lição de casa não deve servir para acobertar a dificuldade dos pais em estabelecer regras. A criança precisa ter claro quais são os seus deveres, o que não lhe é permitido e compreender as razões desses limites. Ou seja: não vai ficar a tarde inteira diante da TV porque os pais acham que ela deve se dedicar a uma atividade mais enriquecedora, cultural ou esportiva, por exemplo, e não porque "tem lição pra fazer".
Além disso, dizem os educadores, o volume de lição da casa não está diretamente relacionado ao grau de aprendizado. As tarefas devem primar pela qualidade, em vez da quantidade. De nada adianta resolver dez problemas de matemática que abordam apenas um ou dois itens do extenso programa. O que vale não é a repetição e a memorização, mas a compreensão do que se está fazendo. Portanto, além de explorar o material didático adotado pela escola, os professores devem ainda estimular a pesquisa, o trabalho em grupo, as atividades de campo (uma entrevista com os avós, para falar sobre seus países de origem, por exemplo).
As escolas mais tradicionais, chamadas conteudistas, costumam passar muita lição de casa como recurso para reforçar e gravar o que foi visto em sala de aula. Nas instituições mais modernas, a carga é menor, em especial para os alunos das primeiras séries – primeiro porque nessa fase a lição é encarada acima de tudo como um treinamento para adquirir responsabilidade, disciplina; depois porque leva-se em conta as características naturais das crianças pequenas, que costumam se dispersar com mais facilidade e não agüentam ficar sentadas por muito tempo.
Um hábito comum em muitas famílias, de a mãe ou o pai sentarem ao lado do filho diariamente para fazer a lição, é outro erro apontado pelos educadores. Uma das principais funções da lição de casa é ajudar o aluno a adquirir autonomia, estudar por sua própria conta, tentar encontrar por si só as soluções para os problemas. Se criam a rotina de compartilhar o momento da tarefa com seus filhos, os pais tolhem essa possibilidade de crescimento.
Eles devem participar da vida escolar das crianças e dos jovens sim. Acompanhar o que estão aprendendo, folhear os livros didáticos, olhar as lições. Mas colaborar ou ajudar, apenas quando foram solicitados, sem se antecipar à necessidade do aluno e, principalmente, sem fazer dessa ajuda uma obrigação.